Tradução

"O meticuloso exercício da escrita pode ser a nossa salvação" (Isabel Allende, em Paula)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Chuvarada

      Chuvarada, palavra que toca o solo de repente e nos atinge com um ruído bom. Aqui no centro da cidade, de dentro da lan house, vemos a a água caindo com violência dos beirais, os pingos grossos fechando a atmosfera e o céu baixando até o solo numa nuvem cinza. Na  lan house, encontro rapidamente Júlio Paraty. A. e eu tínhamos fugido de casa assim que o homem da dedetização terminou seu serviço, lá no Portal. Ele disse que não poderíamos ficar lá, devido à toxicidade do produto aplicado (a coisa está sendo feita mensalmente). Realmente, se ele usa máscara, por que eu ficaria lá dentro? Almoçamos fora, para dar o tempo mínimo de 4 horas, estipulado por ele, fora de casa. Gui e Jô, que nos haviam visitado dias antes, felizmente puderam divertir-se, em lindos e calorentos dias de sol, longe da chuva e da dedetização.
     Temos feito alguns conhecimentos aqui, porque saímos muito, andamos muito a pé, frequentado restaurantes e cafés e, quanto ao lado cultural, frequentado o Cineclube Paraty, que, às terças-feiras, exibe filmes cult ou que simplesmente estão há muito tempo fora do circuito normal dos cinemas. Cerca de 15 a 20 pessoas frequentam a pequena sala adaptada na sede do IPHAN, na Praça da Matriz. Na semana passada, por exemplo, pude rever As férias do Sr. Hulot, de Jacques Tati (1953). Em que outro lugar passariam esse tipo de filme? Que bom termos aqui em Paraty essa programação cultural, um mínimo para quem não abre mão de pôr a mente para funcionar.É uma pena que a verdadeira sala de teatro e cinema, também na Praça da Matriz, não funciona (foi inaugurado um pretenso início de obras de adaptação no final do mandato do prefeito anterior, mas o projeto até agora não foi adiante).

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